ORIGEM DO NOME – Na segunda metade do século XIX, um belo cajueiro, utilizado como sombreiro por aqueles que esperavam as jangadas carregadas de peixes, provenientes do alto-mar, tornou-se atração na deserta praia chamada “São Francisco de Touros”. Com o tempo, a praia deixou de denominar-se “São Francisco de Touros” para tornar-se “Praia do Cajueiro”. Ressalte-se que a árvore anarcadiácia que deu o nome à praia já foi devastada pelo avanço do mar.
ASPECTOS – Cajueiro tem uma paisagem que encanta. Ao sul da orla, a imagem gigante do “farol do Calcanhar” despontando por trás de arbustos e coqueiros; no lado norte, a praia exibe gigantescas pedras negras e ovais sobre a areia batida, como parte da extraordinária diversidade fisionômica. Há casas de veraneio e vila de pescadores. A capela de São Sebastião saiu das proximidades do mar para surgir moderna na rua que dá acesso à localidade. Merece destaque nessa praia a pesca da lagosta durante os meses em que é permitida.
A sudoeste está situado o povoado de Lagoa do Sal (Salt Lagoon), um dos mais importantes do Estado, com 1.050 habitantes (ano 2000), com diversos ranchos de pescadores e onde é notada a presença constante de estrangeiros.
HISTÓRICO – Cajueiro, em 1832, contava com 24 fogos e 102 almas. Nos idos de 1870, habitantes da lagoa do Coelho resolveram emigrar para o norte, consolidando o povoamento da praia onde existia um sombrejante cajueiro à beira-mar. Os precursores receberam o apoio do bondoso pescador José Rosa, que, com seu esforço pessoal, ergueu diversos palhais e acomodou as famílias emigrantes. Em 1930, contava com 559 habitantes.
É indiscutível, a partir da segunda metade do século XIX, a importância das famílias “Castro”, “Baracho” e “Constantino” na formação do povoado pesqueiro e hospitaleiro da praia.
Em 1998, surgiu, através dos empresários Ivaldo Gomes de Castro e Maria Gildete de Castro, filha de Pedro Gaspar - o idealizador do “Gelado ao Natural” -, o primeiro equipamento turístico “A Pousada do Cajueiro”.
Cajueiro contava em 2000, com 3.000 habitantes.
LENDA – Os mais antigos do lugar divulgaram a versão de que teria vertido sangue das extremidades dorsais dos dedos do fundador do núcleo habitacional de Cajueiro, José Rosa, após a sua morte. Tal acontecimento é visto pelos crédulos como motivo de veneração à imagem do benfeitor da Praia do Cajueiro.
CURIOSIDADE – Moradores de Cajueiro e da Lagoa do Sal, sob a liderança de Vicente Tavares de lira, resolveram habitar a oeste de Cajueiro, na formosa Lagoa do Sal, para melhor se proteger dos embates da Primeira Guerra Mundial, considerando que o local escolhido estava abrigado por dunas e sem imediata proximidade do mar.
PRAIA DO MUNICÍPIO DE TOUROS
ACESSO – BR 101/RN 221.
DISTÂNCIA DE NATAL – 99 km.
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Fiquei interessado pelo texto. Sou da família Baracho e gostaria de ter mais informações.
ResponderExcluircontato (85) 988110008. maykelmarinho@hotmail.com
Tive a oportunidade de ir no ano de 2000 com um sobrinho do Sr Pedro Gaspar, realmente um lugar lindo
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