Touross/RN

domingo, 30 de outubro de 2011

PRAIA DE MONTE ALEGRE

sábado, 29 de outubro de 2011

ORIGEM DO NOME – Topônimo sugerido no ano de 1929 pelo fundador do vilarejo da Praia de Monte Alegre, que resolveu homenagear o lugar onde havia nascido - Monte Alegre - situado na Paraíba.
Curiosamente, há municípios com o nome de “Monte Alegre” em Goiás, Minas Gerais, Sergipe, Pará, Piauí e São Paulo.
ASPECTOS – A tranqüila e reta Praia de Monte Alegre tem mata virgem na orla, onde estão fixados alguns sombreiros de palha. As dunas emolduram a faixa plana de areias alvas e águas cristalinas, convidativas para um mergulho. A litoestratigrafia da Praia de Monte Alegre é composta de dunas móveis e sedimentos de praia. A oeste, paleodunas.
A região onde está situada a Praia de Monte Alegre contém solos pouco férteis, textura arenosa e relevo plano. Entre o vilarejo de Monte Alegre e a pancada do mar, sobressaem-se belos coqueiros eretos com estipe de feixes folharados, caducos e atuais, que ventilam um precioso refúgio tropical.
HISTÓRICO – Antes de 1932, o vilarejo de Monte Alegre denominava-se “Buraco”. A reduzida população, insatisfeita em morar num lugar chamado “Buraco”, aceitou a sugestão de Lutero Barbosa e alterou o nome para “Monte Alegre”, o que resultou em expansão do vilarejo, que passou a receber novos habitantes, oriundos das cercanias, especialmente de São Miguel.
Lutero Barbosa, agricultor paraibano, nasceu em 8 de setembro de 1886 e faleceu em 31 de março de 1977. O grande líder e organizador de Monte Alegre chegou ali, em 1932, inicialmente construiu moradia no Sítio “Soledade”, para em seguida constituir família e exercer funções relevantes de vereador, delegado e professor.
O vilarejo tem a proteção de Nossa Sra. da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. O templo religioso foi construído em 1986, com terreno doado por Nivaldo Garcia. A administração foi entregue aos aposentados Luiz Ribeiro Rodrigues e Pedro Carlos da Silva.
O pequeno porto de Monte Alegre foi inaugurado por Nilo Modesto. No início do século XXI, o lugar serve de abrigo e ancoradouro para oito barcos que são utilizados por cinqüenta pescadores de camurupim e cioba.
Em 20 de janeiro de 2003, foi inaugurado o Laboratório de Camarão “Potiporã”, que cuida da reprodução da larva do camarão. A atividade de aqüicultura representa para a comunidade do vilarejo de Monte Alegre geração de emprego e renda.
MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS – O folclore do Município de Touros, onde está situada a Praia de Monte Alegre, distingue-se a partir das apresentações de bumba-meu-boi, capelinhas, bandeirinhas, coco-de-roda e pastoril.
PRAIA DO MUNICÍPIO DE TOUROS.
ACESSO – BR 101/RN 221.
DISTÂNCIA DE NATAL – 110 km.

PRAIA DE SÃO JOSÉ DE TOUROS

ORIGEM DO NOME – O topônimo faz homenagem a São José, o padroeiro das causas difíceis.
São José, esposo de Maria, mãe de Jesus. Pai nutrício de Jesus, assistiu a seu nascimento, levou-o com Maria para o Egito e, depois, para Nazaré onde se tornou carpinteiro. Festejado a 19 de março.
ASPECTOS – Praia com rica vegetação, sobressaindo-se o canchal de carnaubeiras à beira-mar. Na parte central da orla, encontram-se barreiras que resultam em miradouros especiais, onde se vê a linda paisagem de São José. A areia é batida com pedras. O banho torna-se aprazível no início e no final da praia.
HISTÓRICO – São José de Touros, em 1832, contava com 42 fogos e 178 almas.
A família “Tarquino” desempenhou importante papel durante a organização inicial do conjunto de pequenas habitações com características idênticas (1880) que formou a simpática povoação da Praia de São José de Touros. Os precursores foram o pescador Luís Tarquino e sua esposa Maria da Silva Tarquino. Surgiram, na mesma época, as residências de Benedito de Touros, Delfino Tarquino, Manoel Tarquino, João Raimundo, João Batista e Antônio Marcolino, todos participantes da atividade pesqueira.
O engenheiro militar Antônio Florêncio Pereira do Lago, líder da Retirada de Laguna, durante a Guerra do Paraguai, feito histórico militar, nasceu a 10 de maio de 1825 em São José de Touros. Filho de um humilde pescador tornou-se herói combatente brasileiro, nasceu pouco favorecido e tornou-se um exemplo de vencedor. O sobrenome Pereira do Lago foi-lhe dado pelo intendente municipal Manoel Modesto Pereira do Lago, seu padrinho. O herói de São José tornou-se comandante geral da Polícia da Corte, em 1885. Faleceu no primeiro dia do ano de 1892. É patrono do grupo escolar mais antigo da cidade de Touros (15 de abril de 1928).
São José de Touros contava, no ano 2000, com 1.500 habitantes, e a sua primeira pousada foi “Enseada dos Amores”.
CURIOSIDADE – Os primitivos habitantes de São José de Touros prestaram homenagem a São Sebastião escolhendo-o padroeiro do povoado. Mas, com o decorrer do tempo, avolumaram-se as indagações populares sobre a escolha do patrono. O lugar recebeu, então, o nome de São José, mas o direito do padroado foi também concedido a São Sebastião. Sabiamente a população interessada em ter São José como protetor e não deixar de reverenciar a grandeza de São Sebastião, encontrou a solução: São José, o padroeiro, e São Sebastião, o co-padroeiro da bela Praia de São José de Touros. As imagens dos dois santos foram colocadas no altar sagrado da igreja de São José de Touros.
PRAIA DO MUNICÍPIO DE TOUROS.
ACESSO – BR 101/RN 221.
DISTÂNCIA DE NATAL – 104 km.

PRAIA DO CAJUEIRO

ORIGEM DO NOME – Na segunda metade do século XIX, um belo cajueiro, utilizado como sombreiro por aqueles que esperavam as jangadas carregadas de peixes, provenientes do alto-mar, tornou-se atração na deserta praia chamada “São Francisco de Touros”. Com o tempo, a praia deixou de denominar-se “São Francisco de Touros” para tornar-se “Praia do Cajueiro”. Ressalte-se que a árvore anarcadiácia que deu o nome à praia já foi devastada pelo avanço do mar.
ASPECTOS – Cajueiro tem uma paisagem que encanta. Ao sul da orla, a imagem gigante do “farol do Calcanhar” despontando por trás de arbustos e coqueiros; no lado norte, a praia exibe gigantescas pedras negras e ovais sobre a areia batida, como parte da extraordinária diversidade fisionômica. Há casas de veraneio e vila de pescadores. A capela de São Sebastião saiu das proximidades do mar para surgir moderna na rua que dá acesso à localidade. Merece destaque nessa praia a pesca da lagosta durante os meses em que é permitida.
A sudoeste está situado o povoado de Lagoa do Sal (Salt Lagoon), um dos mais importantes do Estado, com 1.050 habitantes (ano 2000), com diversos ranchos de pescadores e onde é notada a presença constante de estrangeiros.
HISTÓRICO – Cajueiro, em 1832, contava com 24 fogos e 102 almas. Nos idos de 1870, habitantes da lagoa do Coelho resolveram emigrar para o norte, consolidando o povoamento da praia onde existia um sombrejante cajueiro à beira-mar. Os precursores receberam o apoio do bondoso pescador José Rosa, que, com seu esforço pessoal, ergueu diversos palhais e acomodou as famílias emigrantes. Em 1930, contava com 559 habitantes.
É indiscutível, a partir da segunda metade do século XIX, a importância das famílias “Castro”, “Baracho” e “Constantino” na formação do povoado pesqueiro e hospitaleiro da praia.
Em 1998, surgiu, através dos empresários Ivaldo Gomes de Castro e Maria Gildete de Castro, filha de Pedro Gaspar - o idealizador do “Gelado ao Natural” -, o primeiro equipamento turístico “A Pousada do Cajueiro”.
Cajueiro contava em 2000, com 3.000 habitantes.
LENDA – Os mais antigos do lugar divulgaram a versão de que teria vertido sangue das extremidades dorsais dos dedos do fundador do núcleo habitacional de Cajueiro, José Rosa, após a sua morte. Tal acontecimento é visto pelos crédulos como motivo de veneração à imagem do benfeitor da Praia do Cajueiro.
CURIOSIDADE – Moradores de Cajueiro e da Lagoa do Sal, sob a liderança de Vicente Tavares de lira, resolveram habitar a oeste de Cajueiro, na formosa Lagoa do Sal, para melhor se proteger dos embates da Primeira Guerra Mundial, considerando que o local escolhido estava abrigado por dunas e sem imediata proximidade do mar.
PRAIA DO MUNICÍPIO DE TOUROS
ACESSO – BR 101/RN 221.
DISTÂNCIA DE NATAL – 99 km.

PRAIA DA PONTA DO CALCANHAR

ORIGEM DO NOME – A denominação de “Ponta do Calcanhar” justifica-se em razão da formação de pequenas dunas na ponta da enseada, cujos contornos apresentam o formato de um pé, realçando as linhas do “calcanhar”, parte posterior do pé.
ASPECTOS – Praia selvagem, com faixas largas de areias salpicadas por pedras. O mar tem ondas fortes. Chama a atenção o talhe do “Farol do Calcanhar”. A BR 101, com 4.542 km, tem início na Praia da Ponta do Calcanhar, seguindo até o Rio Grande do Sul. O trecho ligando “Ponta do Calcanhar” a Natal foi projetado, no Governo Geraldo Melo, pelo arquiteto Jaime Lerner. A obra foi concluída no Governo Garibaldi Filho.
HISTÓRICO – Segundo afirmação do Barão do Rio Branco, a “Ponta do Calcanhar” foi avistada, em 26 de janeiro de 1500, pelo espanhol Vicente Yanez Pinzon, companheiro de Cristóvão Colombo na viagem do descobrimento da América. Importa registrar que essa versão recebeu veemente discordância do escritor Duarte Leite.
Os aspectos históricos da Praia da Ponta do Calcanhar estão relacionados com a presença do “farol do Calcanhar”, construído no ano de 1912. A atual estrutura do rodofarol, que mede 62 metros de altura, data do ano de 1943. Marco importante para a navegação marítima e aérea, o “rodofarol do Calcanhar” é o maior farol da América Latina e o segundo maior do mundo em altura focal. Seus lampejos têm a duração de três décimos de segundo e uma oculfação de 9,7 segundos. Seu alcance luminoso é de 39 milhas náuticas, o que equivale aproximadamente a 80 km. O Farol está sob os cuidados da Gloriosa Marinha do Brasil, sendo permitida a visitação às suas instalações aos sábados, domingos e feriados, nos horários de 10 às 14h.
REGISTRO – O conceituado pesquisador Lenine Pinto reúne em dois livros informações, com base em fontes documentais e evidências náuticas, de que a expedição de Pedro Alvares Cabral chegou aos arredores da Ponta do Calcanhar, na área do Cabo de São Roque, no dia 23 de abril de 1500, e não em Porto Seguro no dia 22 de abril de 1500 como registra a grande maioria dos historiadores.
A teoria de Lenine defende que o Marco de Touros teria sido chantado por Cabral, devendo ser levado em consideração que as correntes marítimas conduziam as expedições portuguesas para a Ponta do Calcanhar, no Cabo de São Roque, e não para Porto Seguro. “As cartas apontam que o navegador português percorrera 2 milhas náuticas da costa brasileira. De Cananéia, onde foi chantado o segundo marco, 2 milhas acima está o Cabo de São Roque. No livro “Ainda a Questão do Descobrimento”, Lenine Pinto aponta a área da Ponta do Calcanhar como provável ancoradouro de Pedro Álvares Cabral, o ponto mais setentrional.
PRAIA DO MUNICÍPIO DE TOUROS.
ACESSO – BR 101/RN 023.
DISTÂNCIA DE NATAL – 98 km.

PRAIA DE TOUROS

ORIGEM DO NOME – A Praia de Touros tem esse nome desde o século XVI. Os antigos moradores relacionam o nome ao rochedo de pedras existente na praia, com forma de uma cabeça de touro.
ASPECTOS – Cada parte do todo é suficiente para originar admiração à paisagem da Praia de Touros. A enseada possui mar com ondas fortes, faixa de areia batida e pedras nas extremidades da orla. À beira-mar, pode-se enxergar o “farol do Calcanhar” sinalizando a formosura do litoral.
A cidade de Touros, esquina do Brasil, possui população hospitaleira e festiva. Na praça central estão expostos os canhões que foram utilizados na ocupação holandesa de 1640. A igreja católica conserva as linhas arquitetônicas características da fase barroca. As águas de Touros costumam receber a visita de golfinhos. A CULINÁRIA de Touros destaca o peixe grelhado ao molho de camarão, o peixe à delícia e os frutos do mar.
HISTÓRICO – No litoral de Touros, foi fincado, em 1501, o primeiro marco do descobrimento em terra brasileira. A Praia do Marco atualmente pertence ao município de São Miguel do Gostoso.
Em 1640, Touros foi local de ocupação holandesa. O início do seu povoamento ocorreu no final do século XVII, em razão da expansão de Ceará-Mirim.
Touros, em 1832, tinha 202 fogos e 592 almas. Escola estadual desde 1827. Município em 11 de abril de 1833. Cidade, em 29 de março de 1938. Em 1843, presença marcante do professor Manoel Felipe Raposo Câmara. Nessa época, tem início a solidificação da vila de Touros através das famílias Amaral, Teodoro, Mota e Antunes
REGISTRO – A construção da Matriz de Touros ocorreu em 5 de setembro de 1800. Em fins do século XVIII as águas do mar quando subiam chegavam ao patamar da Matriz que estava em construção. O frei Serafim de Catânea sabendo da situação mandou buscar na Mata do Urubu em Santa Luzia, madeira para construir uma cruz, e chantá-la em frente à Matriz para tentar afastar as águas. Por força da fé ou providência divina as águas se afastaram. Desde então ficou chantado em Touros o marco de frei Serafim.
ARTESANATO – Trabalhos de labirinto, madeira, bonecas de pano, etc.
CURIOSIDADE – As “bandeirinhas”, grupo folclórico, de origem secular, composto de senhoras idosas de Touros. Durante a festa de São João, as devotas do santo, após a meia-noite, seguem em cortejo para o rio Maceió, na crença de que, vendo o rosto no espelho da água, não morrerão, pelo menos até o próximo São João.
LENDAS – Touros possui um fantástico repertório de lendas: assombração da cara grande, o grito do mês de maio, a procissão, o esqueleto de Baravinga, o bicho que carregou Matilde, entre outras. (A exposição dessas lendas está, na íntegra, contida no livro “Touros-Uma Cidade do Brasil”, do ilustre escritor Nilson Patriota).
PRAIA DO MUNICÍPIO DE TOUROS.
ACESSO – BR 101/RN 023.
DISTÂNCIA DE NATAL – 96 km.

PRAIA DO FAROL GAMELEIRA

ORIGEM DO NOME – O topônimo é justificado em razão da presença do farol “Gameleira” que está sob uma falésia maciça situada ao sul da Praia de Carnaubinha. A praia que fica na base do sinalizador recebeu o nome de PRAIA DO FAROL GAMELEIRA.
A gameleira é árvore alta, ereta, de grande copa e casca dura, cheia de excrescências acinzentadas ou avermelhadas. A casca exsuda um látex espesso, usado em medicina popular como anti-helmíntico.
ASPECTOS – Praia semideserta, amuralhada por rochas altas e íngremes à beira-mar, resultado da erosão marinha. O mar contém águas limpas e ondas suaves. No canto sul, uma ponta de pedra avança no oceano para confirmar o desenho harmônico da paisagem que acolheu o farol “Gameleira”. Há currais de pesca a 3 km da orla.
HISTÓRICO – Gameleira contava, em 1832, com apenas 2 fogos e 13 almas.
A Praia do Farol Gameleira, localiza-se entre às Praias de Perobas e de Carnaubinha. A área que se limita com as terras do “Saco” foi ocupada até 1963 pelo marítimo de Pititinga José Xavier da Cruz e sua esposa Maria Cecília da Cruz.
Importante presença do farol “Gameleira”, construído em 1932, modificado em 1997, com 6 metros de altura e um alcance luminoso de 13 milhas marítimas, constitui o registro histórico de grande significado desse local paradisíaco.
A pousada Sinos do Vento, localizada próximo ao Farol, foi inaugurada, com doze chalés, pelo casal de empresários Eugênio e Mafalda Lopes. A pousada foi adquirida em 2002 por um sólido grupo português representado pelo empresário Armando George Carneiro. Defronte a pousada, na pancada do mar, foi fincado uma placa constando o texto de Fernando Pessoa, “Mar Português”: Ó mar salgado, quanto do teu sal lágrimas de Portugal por ti cruzarmos, quantas mães choraram, quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar para que fosses nosso mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena. Quem quer passar além do bojador, tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mais nele é que espelhou o céu”.
LENDA – Há uma crença africana de que toda gameleira que deixa de existir na terra ressurge no paraíso, para fazer sombra aos pacíficos. A gameleira que deu nome ao Farol e à praia onde este se encontra permanece existindo. Se confirmada a lenda africana, quando essa árvore deixar de existir próximo ao Farol, certamente passará de um paraíso litorâneo para um paraíso celestial.
CURIOSIDADE – Segundo o estudioso da cultura indiana, Ernst Hemmeter: “Na Índia, em determinadas ocasiões, as gameleiras são objeto de culto religioso. Tais árvores passam por masculinas e, em certos casos, quando é necessária uma boda pela lei das castas, mas não se deseja ou não se acha um homem adequado, casam-se as mulheres com tais árvores, sob um solene cerimonial”.
PRAIA DO MUNICÍPIO DE TOUROS.
ACESSO – BR 101/RN 023.
DISTÂNCIA DE NATAL – 100 km.

PRAIA DAS GARÇAS

ORIGEM DO NOME – O topônimo justifica-se em virtude da presença de muitas garças na orla marítima do local situado entre a Praia de Perobas e a de Carnaubinha. Durante o verão, essas aves pernaltas migram dos parrachos em direção à praia, para beliscar manjubas, peixes aterinídeos de mar, também chamados de aletria, os quais formam grandes cardumes e são pescados de setembro a abril.
“Garça é nome que traz felicidade, ave que simboliza o sol matinal no Egito. A garça Benu, ave semelhante à Fênix, a criadora da luz. Segundo a lenda, “a Fênix após a sua longevidade miraculosa construía um ninho aromático, se auto-imolava, renascia três dias depois e carregava o ninho e as cruzes da encarnação anterior para o altar do sol em heliópoles, local onde eram feitos os sacrifícios à garça Benu”.
ASPECTOS – Praia cercada por coqueiros. O mar tem ondas suaves e escolhos que despontam das águas. Habitualmente alguns pescadores apanham peixes com rede. Na orla, é comum encontrar diversas conchas calcárias largadas de moluscos marinhos. Durante o verão, a presença das garças sobre as areias alvas constitui uma atração especial. Uma misteriosa penedia indica a divisa do mar de Garças e o de Perobas. Litoestratigrafia: dunas móveis e sedimentos de praia. Ao sul, paleodunas. A Praia das Garças oferece condições para a prática dos passeios ecológicos a cavalo.
HISTÓRICO – Garças contava, em 1832, com 16 fogos e 56 almas.
Nos idos de 1960, o comerciante Geraldo Ferreira, Maria Pureza Ferreira, o agrônomo Almir Ferreira e o comerciante José Ferreira da Costa eram proprietários de terras na Praia das Garças. Já Manoel Pinto, casado com Maria Pinto, tinha um curral de pesca e habitava na orla. Lá se encontravam alguns palhais de pescadores.
No início do século XX, Tomaz Ferreira da Costa desfrutava de Garças. Em 1998, já não existiam moradias na beira-mar, mas surgiu ali o primeiro empreendimento turístico, a pousada do argentino Guillermo Daniel Schvizer e sua esposa Ofélia Schvizer, localizada na ponta situada entre as praias das Garças e de Perobas, para aproveitar as belezas naturais dessa praia quase desabitada, primitiva.
REGISTRO – A barca “Ema Matilde”, em junho de 1866, indo de Havana para Macau na China, levando 56 coolis de trancunha e leque naufragou nas “pedras das Garças”.
CURIOSIDADE – Antigos pescadores da Praia do Rio do Fogo contam que uma velha chamada “Bina” costumava ir da Praia das Garças até uma pequena e bela enseada localizada entre as praias de Rio do Fogo e Perobas, e, em seguida voltava a Garças, sempre puxando um saco contendo algo jamais identificado. A encantadora enseada recebeu, então, a denominação de “Prainha da Volta da Velha Bina”.
PRAIA DO MUNICÍPIO DE TOUROS.
ACESSO – BR 101/RN 023.
DISTÂNCIA DE NATAL – 102 km.

PRAIA DE PEROBAS

ORIGEM DO NOME – O nome “Perobas” provém do tupi ipê-ropa (“a casca amarga”). Designação de árvores das famílias das apocináceas e das bignoniáceas que têm madeiras de boa qualidade. As perobas são encontradas na região onde está situada a Praia de Perobas.
ASPECTOS – Perobas é um lugar fascinante. Praia com peculiar cenário de dunas baixas, que margeiam as areias finas banhadas pelas águas rasas e moderadas do mar. Há belos coqueiros baixos no lado sul da orla. Mas são imponentes os coqueiros altos postados na parte norte da beira-mar. Em Perobas se alugam lanchas destinadas à travessia da praia até os flutuantes armados em alto-mar e realizam-se constantemente programas e projetos ecológicos utilizando-se os caracteres naturais da região. Perobas é uma dentre as muitas praias beneficiadas pelo Projeto “Tamar”, criado para apoiar, agilizar e possibilitar o trabalho de preservação das tartarugas marinhas, desenvolvendo técnicas inovadoras de preservação e promovendo a integração das comunidades praieiras às atividades protecionistas.
Gastronomia: galinha caipira, costela de porco, pato à cabidela, carneiro e frutos do mar. Destaque para o famoso pastel de arraia, delícia divulgada pela apresentadora de televisão Ana Maria Braga.
HISTÓRICO – A aglomeração humana de Perobas começou a tomar forma com a fixação da família “Ferreira” (segunda metade do século XIX), seguida, na mesma época, pelas famílias “Dias” e “Cabral” (1905). Tomaz Ferreira da Costa, que se casou com Maria Brito da Costa, é apontado como grande líder na fase inicial do vilarejo. José Ferreira da Costa, que se casou com Maria Monteiro da Costa, vinda de Santa Luzia do Saco, inaugurou a atividade comercial em Perobas. Os precursores – a família “Ferreira” – obtinham seu sustento através de pequenas plantações e principalmente da venda de cocos.
A capela de Nossa Senhora da Conceição e a escola municipal surgiram em 1954. Perobas contava, no ano 2000, com 500 habitantes.
Em dezembro de 2002, o empresário Lavoisier Monteiro da Costa construiu a “Pousada do Vozinho”. Depois surgiu a Pousada de Marcos Barreto e Coronel Paulo.
CURIOSIDADE – Durante o período que assinalou a Segunda Guerra Mundial, os moradores de Perobas observaram perplexos algumas fortalezas voadoras cruzarem o espaço aéreo em missão bélica e oficial. Conta o anedotário popular que Antonio Ricardo “o mestre” e José Guedes, moradores dessa praia, espantados com o inusitado, denominaram o avião de “leopardo voador”, comparando a aeronave ao veloz animal de pele manchada.
REGISTRO – Eleita pela revista Quatro Rodas, da Editora Abril, como a praia mais bonita do Brasil em 2003, Perobas é atrativo turístico.
PRAIA DO MUNICÍPIO DE TOUROS.
ACESSO – BR 101/RN 023.
DISTÂNCIA DE NATAL – 108 km.

ORIGEM DO NOME – O topônimo surgiu em razão do fenômeno natural que propicia o encontro da lagoa do Fogo com o mar, formando um rio, o rio do Fogo. Assim, a praia recebeu o nome de PRAIA DO RIO DO FOGO.
No entanto a cultura popular de Rio do Fogo prefere associar o nome à vocação peculiar dos ocupantes da região, considerados “povo festeiro” ou “povo fogoso”.
Por sua vez, a lagoa do Fogo recebeu esse nome em virtude das aparições de um grande círculo de fogo à sua volta, fato presenciado e divulgado pelos moradores que participaram do começo da povoação da localidade.
ASPECTOS – A Praia do Rio do Fogo faz emergir encantos e causa admiração através de seus elementos geográficos. As folhas dos coqueiros, animadas pelo sopro da suave brisa marítima, dão ritmo à parte norte desse paraíso. No lado sul, dunas baixas, com vegetação nativa, parece guardar os barcos coloridos, abrigados sobre areias finas e alvas. As águas apresentam ondas fracas, circundadas por arrecifes. Rio do Fogo possui uma vila ativa de pescadores de garoupa, dourado, cavala, bonito, agulha, cioba e serra. Destaca-se o artesanato pesqueiro e a presença de um aparelhado spa (local de recuperação da saúde e modelagem do corpo).
O “farol do Rio do Fogo”, localizado nos recifes, foi construído em 1932 e modificado em 1957. Tem 12 metros de altura e um alcance luminoso de 10 milhas.
HISTÓRICO – O termo de doação por sesmaria, data de 1723, de uma propriedade no cabo do rio do Fogo. Donatário: José Moraes Navarro, sargento-mor do Terço dos Paulistas.
O início do povoamento de Rio do Fogo ocorreu por volta de 1877, quando algumas famílias, fugindo da seca, emigraram do sertão para habitarem próximo às margens do rio Roxo, que depois se denominou “rio do Fogo”. O baluarte povoador foi Gabriel Lourenço Ferreira. Em 1930, existiam 808 moradores, 105 fogos e capela dedicada a Nossa Senhora dos Navegantes. Em 1941, havia escola destinada ao ensino primário. Miguel Arcanjo de Castro tornou-se o primeiro professor do povoado.
Em 21 de janeiro de 1995, através da Lei n.º 6.842, Rio do Fogo desmembrou-se de Maxaranguape, tornando-se município.
CURIOSIDADE – Em 29 de janeiro de 2001, foi inaugurada uma agência dos “Correios e Telégrafos” na Praia de Rio do Fogo. O acontecimento foi motivo de comemoração, uma vez que o Município de Rio do Fogo era o único do país que não dispunha dos serviços dos “Correios”.
MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS – Pastoril, Mamulengo, Boi de Reis, Fandango e Lapinha.
ARTESANATO – Confecção de artigos destinados à pescaria, rendas e labirintos.
PRAIA DO MUNICÍPIO DE RIO DO FOGO.
ACESSO – BR 101/RN 064.
DISTÂNCIA DE NATAL – 86 km.

PRAIA DE CARNAUBINHA

ORIGEM DO NOME – Diminutivo de carnaúba, palmeira copernicea cerífera, também chamada de carnaíba.
O nome provém do enorme sítio de coqueiros chamado Carnaubinha, que existia ali no século XIX, compreendendo as terras da atual Praia de Carnaubinha.
ASPECTOS – Linda praia, extensa, reta, com areias finas, cercada por coqueiros uniformes de médio porte. As águas calmas favorecem o banho de mar. Há currais de pescas e o povoado é festivo e acolhedor. Carnaubinha destina-se a ser importante praia de veraneio.
HISTÓRICO – No ano de 1885, Carnaubinha contava com um pequeno número de casas onde residiam pescadores que freqüentavam o “Buraco da Tainha” (local bom para pescar). As primeiras casas de telhas e tijolos, fabricados em Santa Luzia do Saco surgiram em 1925, construídas pelos pescadores Manoel Raimundo do Nascimento e sua esposa Ingraça do Nascimento, Francisco Miguel do Nascimento (Pixico) pai de Luís Francisco do Nascimento, João Francisco de Brito e sua esposa Regina Maria da Conceição, estes últimos vieram da “Baixa de Quimquim”, onde nasceu a filha do casal, Adelaide Maria de Brito. Devido à sua proximidade com a Praia de Touros, “Carnaubinha de Nossa Senhora de Fátima” evoluiu rapidamente, principalmente a partir da Segunda Guerra Mundial, quando foi área de acampamento de pelotão do Exército Brasileiro.
Nos idos de 1985, os trabalhos de algumas religiosas de nacionalidade alemã, destacando-se irmã Aloisia Gemardinger, possibilitaram a reforma da igreja de Nossa Senhora de Fátima, marco religioso de grande importância para a evolução da comunidade praieira de Carnaubinha.
REGISTRO – No início do povoamento de Carnaubinha havia muita pobreza. Os habitantes sobreviviam alimentando-se de mucunã (planta cujas vagens têm um revestimento piloso que causa prurido na pele de quem lhes toca) pisado no pilão, lavado em nove águas para o comensal não morrer atordoado, e goiti pós-enterrado por três dias nos morros de Carnaubinha. A iluminação era possível através de uma “piroca” feita num copo d’água.
ARTESANATO – Trabalhos realizados com fibras de coqueiro; casinha de papelão/areia; conchinhas; chapéus feitos de pano do coqueiro; trabalhos de labirinto, etc.
LENDA – Há no litoral do Rio Grande do Norte a tradição do “Fogo Corredor” que desce e sobe morros, mito do passado propagado, também, em Carnaubinha. Explicações populares dadas a Câmara Cascudo, em Geografia do Mitos Brasileiros: “Batatão é o fogo parado. O fogo corredor é a alma dos compadres e das comadres que em vida não guardaram o respeito da igreja. São obrigadas por isso a penar até que seja cumprida a sentença marcada pelo criador”.
PRAIA DO MUNICÍPIO DE TOUROS.
ACESSO – BR 101/RN 023.
DISTÂNCIA DE NATAL – 99 km.


CARNAUBINHA BEACH
ORIGIN OF THE NAME - Diminutive from carnaúba, ceriferous copernicea palm tree, also called carnaíba.
The name has its origin in Carnaubinha Site (a small farm), in the XIX century, forming the land of present Carnaubinha Beach.
Beautiful beach, wide, straight, with fine sand, circled by unvarying coconut-palm trees of medium high. Calm waters which allow the bath in the sea. There are fishgarths and there is a festive and welcome village.
“Nossa Senhora de Fátima’s Carnaubinha” evolved rapidly specially after World War II started because it turned into a camping site for the Brazilian Army.
In 1985, the work of some religious German women, like Sister Aloisia Germadinger, made possible the reform of Nossa Senhora de Fátima Church, a religious landmark of great importance for the community of

OS PORTUGUESES NO LITORAL POTIGUAR (1501) MARCO DE TOUROS



O “Marco de Touros” é o mais antigo padrão colonial e o primeiro monumento chantado na terra brasileira. Foi enfincado sobre um cômoro de areia, acompanhado de pedras menores (“tenentes” ou “testemunhas”), no local de latitude 5º, 4’, 61” s/ longitude 35º, 47’, 4” W, a nove quilômetros do Canto de Cima, Município de Touros, logo depois de “Cotia”, atualmente denominado PRAIA DO MARCO, divisa do Município de São Miguel do Gostoso com o Município de Pedra Grande.
“O documento colonial é uma pedra calcária de granulação fina, de mármore, medindo 1,28 metros de altura e 20 centímetros de espes­sura; 0,30 centímetros de largura; 1,05 de contorno, contendo a cruz da ordem de Cristo em relevo. Em posição inferior, escudo de Portugal; cinco escudetes em aspas com cinco quinas postas em Santos já sem bordaduras dos castelos.”
O Marco foi trazido, em 1501, a mando do Rei de Portugal Dom Ma­noel, numa esquadra lusitana composta de três caravelas, comandada pelo capitão André Gonçalves. Alguns historiadores registram Gaspar de Lemos, com a presença do Florentino Américo Vespúcio, objetivando afirmar a soberania portuguesa em nosso país.
         Tombado como monumento nacional, em 1976, o “Marco de Touros” foi transportado     para Natal, encontrando-se atualmente na Fortaleza dos Reis Magos. No local onde a pedra foi chantada (“Praia do Marco”) resta um marco simbólico.

Touros/RN 23-10-10

quarta-feira, 26 de outubro de 2011



 
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